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19/09/2016

A estreia da equipe brasileira no Adestramento das Paralimpíadas Rio 2016

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O Brasil estreou neste domingo, 11/9, na competição por equipes do Hipismo Adestramento nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Rodolpho Riskalla e Marcos Fernandes Alves, o Joca, foram os cavaleiros que representaram o país e juntos somaram 133,577%. Com o resultado parcial o Brasil é o sexto colocado por equipes, sendo que alguns países ainda não competiram e outros já tiveram três representantes.
O resultado gerou alívio para a equipe brasileira após os momentos apreensivos vividos da tarde de ontem até hoje de manhã. Warrene, o cavalo de Rodolpho, não foi aprovado na primeira inspeção veterinária. O suspense sobre a participação do conjunto acabou por volta das 8h da manhã desse domingo, horas antes da sua entrada, quando o animal foi liberado para os Jogos.

Muita emoção na estreia paralímpica de Rodolpho Riskalla e Warenne; img: Marco Antonio Teixeira/MPIX/CPB

“Hoje não é o nosso melhor dia, eles entraram um pouco tensos por conta do que aconteceu com o cavalo do Rodolpho. Mas a gente sempre cresce no segundo dia e nas provas individuais também. A nossa dupla amanhã, a Vera e o Sérgio, é muito forte e esperamos aumentar a nossa nota por equipe com eles”, disse Marcela Parsons, diretora de Adestramento Paraequestre da CBH.

Primeiro integrante da equipe do Brasil a entrar na pista, Rodolpho Riskalla, que compete no grau III, levantou a torcida com a sua apresentação na parte da manhã. Montando Warenne, o paulista alcançou a nota de 66,737%. Ao final da prova, o cavaleiro não escondeu a satisfação com o resultado e pediu ainda mais animação para a torcida.

“É o máximo estar aqui, competir com todos os esses atletas, fazer parte desse superevento e estar em casa é uma emoção que não tem como descrever. Em geral eu gostei da minha prova que foi superestável, que é o que a gente procura ser sempre. Sendo um pouco crítico, faltou um pouco de brilhantismo porque está bem quente. E como passamos pela segunda inspeção hoje, a gente saiu um pouco da rotina que temos normalmente em dia de prova. Mas eu gostei bastante do meu resultado”, disse Rodolpho Riskalla, de 31 anos.

O paulista é estreante em Jogos Paralímpicos e até o meio do ano passado tinha como meta disputar uma vaga na equipe Olímpica de Adestramento. Em agosto de 2015 ele foi diagnosticado com meningite bacteriana e em outubro teve que amputar as duas tíbias, uma mão e parte dos dedos por conta da doença. Em novembro começou o processo de recuperação.

“A presença da minha mãe, da minha irmã e dos meus amigos foi fundamental para eu estar aqui hoje. Eles me deram a motivação e comecei a refletir que se eu estava tentando uma vaga no Olímpico, agora eu podia buscar no Paralímpico. Em março eu comecei a andar com a prótese e em abril, ainda morando no hospital, eu participei de uma seletiva. Depois participei de mais três provas e no começo de junho eu garanti a vaga”, conta Rodolpho, que mora em Paris.

O segundo cavaleiro a entrar na pista por equipes para o Brasil foi Marcos Fernandes Alves, o Joca montando Vladimir, pelo Grau IB. O conjunto teve a pontuação de 66,840%. Joca, que tem duas medalhas de bronze nos Jogos de Pequim 2008, está há apenas dois meses com cavalo e conta com a experiência para fazer conjunto nos próximos dias de competição.

Marcos Alves, o Joca, conta com a experiência de duas medalhas paralímpicas para formar conjunto com Vladimir, animal que está montando há apenas 2 meses; img: ©Marco Antonio Teixeira/MPIX/CPB

“Ele está muito bem, mas hoje passou um pouco do ponto. Talvez pelo público, ele ficou um pouco nervoso, ansioso. Então várias vezes queria sair da minha mão e tomar a iniciativa que não era para tomar naquele momento da figura. E aí isso quebra um pouco o ritmo e prejudica um pouco as notas. Mas na segunda metade da reprise já fomos bem e eu já tinha mais o controle dele. Tivemos penalizações no começo e no final não consegui aumentar tanto a nota, mas para o primeiro dia foi bom”, contou Joca.

Nessa segunda-feira, 12/9, Vera Lucia Mazzilli / Ballantine e Sergio Oliva / Coco Chanel, ambos no Grau IA, competem por equipe. Já na terça-feira, 13/9, tem a decisão de medalha na classe III, de Rodolpho Riskalla, que volta à pista para a disputa.

Regras do jogo

A competição durante os Jogos Paralímpicos tem cinco graus – Ia, Ib, II, III e IV – e consiste em disputas por equipe, individual e individual estilo livre. Os graus (definidos de acordo com grau de comprometimento físico) tem classificação separada. A disputa individual é a prova final por equipe e também determina as medalhas do campeonato individual de cada grau.

Na disputa por equipe, cada país pode participar com três ou quatro conjuntos, sendo que pelo menos um deve ser da classe Ib ou da classe II e não mais do que dois da mesma classe. O resultado é definido pelo somatório do percentual de cada conjunto na prova por equipe e individual. Os três melhores resultados determinam a pontuação final do país e o vencedor é aquele que tiver mais pontos.

Participam da decisão do individual estilo livre os conjuntos classificados entre a terça parte superior de cada grau e que tenham alcançado a pontuação mínima de 58% na média das competições individual e por equipe. Cada conjunto deve realizar uma coreografia própria com música.

A competição de Adestramento dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 conta com 29 países, sendo que 14 participam da disputa por equipes: Brasil, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Itália, Holanda, Noruega, Cingapura e Estados Unidos. Estarão em jogos 33 medalhas reunindo todas as classes: 15 no individual, 15 no estilo livre e três por equipe. A Rio 2016 marca os 20 anos do Hipismo no movimento Paralímpico, que teve sua estreia em Atlanta-96.

Fonte: Brasil Hipismo


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