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27/04/2018

Dermatite da quartela

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Dentre tantos problemas aos quais os cavalos de competição são suscetíveis, um que não é tão comentado pelos veículos de imprensa especializados no meio equestre é a dermatite da quartela. Já tive a oportunidade de acompanhar uma série de animais com tal comprometimento.

Dermatite da quartela é o nome comum dado à doença de pele que afeta a porção distal do referido membro, mais comumente localizada na parte posterior do mesmo. Trata-se de uma inflamação da pele causada por uma bactéria denominada Dermatophilus congolensis. A doença, também conhecida como Dermatofilose, manifesta-se em animais que permanecem em precárias condições de higiene.

Baias sujas, com acúmulo de fezes e urina, pastagens barrentas com charcos e água parada são os principais fatores que predispõem ao desencadeamento da afecção, preferencialmente nos membros posteriores.

Uma das situações predisponentes mais frequentes é quando se lava o animal com mangueira para retirar a lama dos membros, deixando-os molhados para secarem naturalmente. Isto proporciona um ambiente de umidade, ideal para a bactéria se aproveitar e estabelecer a infecção.

A pele dos cavalos na parte posterior da quartela é muito fina e extremamente sensível. A doença pode também ser transmitida de animal para animal através de fômites (equipamentos, utensílios de limpeza) contaminados.

Inicialmente, é observada dermatite da região com irritação e vermelhidão da pele, desde a face caudal do boleto até a coroa do casco, junto aos talões, desencadeando coronite. Ocorre excessiva produção de secreção seborréica conferindo aspecto grosseiro à pele e formação de crostas. Nesta fase, aparecem sulcos ou rachaduras, proporcionando invasão bacteriana secundária.

O animal geralmente apresenta manqueira, desde grau I até grau III ou IV, chegando a ficar impossibilitado de apoiar o membro no solo devido ao descolamento da coroa do casco na região dos talões e ao comprometimento do coxim adiposo do pé. Ocasionalmente, poderá ocorrer crescimento anormal do casco com tendência à substituição do estojo córneo.

Nas fases iniciais, quando a dermatite seborréica é pronunciada, o processo pode ser confundido com a sarna carióptica da quartela, havendo, portanto, necessidade de diagnóstico diferencial, feito através de raspado de pele e exame microscópico.

O tratamento vai depender da gravidade das lesões. O fundamental é retirar os animais do meio predisponente para locais limpos e secos, como baias amplas e arejadas, e piquetes planos. A região afetada deve ser lavada com água e sabão para a remoção das crostas. Após a lavagem é muito importante que a região afetada seja completamente seca com toalhas limpas.

As medicações devem ser prescritas por médico veterinário e, como dito anteriormente, dependerão da gravidade das lesões


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