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26/12/2012

Chegou a hora: a partir de 1 de janeiro de 2013 o uso do capacete é obrigatório em todos os eventos FEI

A Federação Equestre Internacional (FEI) lançou uma campanha global para promover o uso do capacete. O incentivo acontece duas semanas antes da nova regra que determina a obrigatoriedade do uso do capacete em todos eventos chancelados pela entidade entrar em vigor. A regra - anunciada com dois anos de antecedência passa a ser efetiva a partir de 1º de janeiro de 2013.

Uma parte importante da campanha será uma série de e-mails com forte conteúdo visual para alertar os atletas da importância da segurança, em especial, quanto ao uso capacete. Os lembretes serão enviados às Federações nacionais, atletas, clubes hípicos e equipes FEI junto aos eventos. Já está no ar uma página especificando o uso tipo adequado de capacetes para cada uma das sete disciplinas da FEI.

“A regulamentação do uso do capacete, aprovada por unanimidade pela Assembleia Geral da FEI em 2011, representa um passo significativo de encontro com a maior proteção de nossos atletas", afirma Ingmar de Vos, secretário geral da FEI. “A partir de 1º de janeiro de 2013 o uso do capacete será compulsório em todos os eventos FEI e encorajamos a todos os evolvidos no esporte equestre internacional a se familiarizar com as novas regras gerais e específicas do esporte. O bem estar de todos os nossos atletas - humanos e equinos - precisa ser protegido."


Amazona olímpica Courtney King Dye relata a expriência de seu acidente

O uso do capacete tem sido tema de diversas campanhas nos últimos anos. A amazona norte-americana de adestramento Courtney King-Dye, recente vencedora do Prêmio FEI All Odds, se empenha junto aos praticantes de hipismo quanto ao benefício do uso capacete por meio da pagina Riders4Helmets - www.riders4helmets.com. Em 2010, a amazona Courtney King-Dye, que representou os EUA nos Jogos Olímpicos de 2008 e na Final da Copa do Mundo de Adestramento em 2007 e 2008, sofreu um grave traumatismo craniano. Ela treinava um cavalo que tropeçou e caiu e, sem capacete de proteção, fraturou o crânio. Após quatro semanas em coma, a amazona passou três meses no hospital reaprendendo a andar e a falar. As sequelas do acidente afeteram seriamente a coordenação motora e fala da amazona que agora almeja competir nos Jogos Paralímpicos 2016 no Rio de Janeiro.

“Eu acho que o meu acidente foi necessário pela segurança, porque o fato de uma amazona olímpica sofrer uma concussão cerebral não tem nada a ver com o nível de exigência do exercício", comenta Courtney King Dye. “Por 15 anos, eu fui pessoa que só usava capacete quando montava cavalos jovens ou "perigosos". Mas o meu cavalo não fez nada por mal, ele somente tropeçou em sua própria pata", lembra a amazona. “E uma vez que não se pode controlar o que as pessoas fazem em casa ou em seus centros de treinamento, as novas regras determinam o que os atletas fazem nos eventos e há um longo caminho a percorrer para que se criem novos hábitos", finaliza Courtney.
Um sistema de Cartão Amarelo será usado para alertar e lembrar os cavaleiros e amazonas quanto ao uso do capacete.


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